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Governo projeta corte de 101 mil benefícios do Bolsa Família; junho tem antecipação de pagamentos no Rio Grande do Sul

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O governo federal informou nesta quarta-feira que pretende desligar 101 mil famílias do Bolsa Família até dezembro, em função das mudanças na Regra de Proteção que limitam o tempo de permanência de beneficiários que elevaram a renda; apesar do enxugamento, os repasses de junho começaram na segunda-feira e foram antecipados integralmente para os municípios gaúchos afetados por novas chuvas.

Brasília, 18 de junho de 2025 — O governo federal informou nesta quarta-feira que pretende desligar 101 mil famílias do Bolsa Família até dezembro, em função das mudanças na Regra de Proteção que limitam o tempo de permanência de beneficiários que elevaram a renda; apesar do enxugamento, os repasses de junho começaram na segunda-feira e foram antecipados integralmente para os municípios gaúchos afetados por novas chuvas.

Pelas estimativas oficiais, a tesourada rende alívio de R$ 59 milhões no orçamento anual do Bolsa Família, dinheiro que, segundo o MDS, será realocado dentro do próprio programa para reduzir a fila de espera.

Mesmo com o corte, cerca de 20,49 milhões de famílias seguem habilitadas a receber o benefício neste mês, número semelhante ao de maio, de acordo com projeção da Caixa Econômica Federal.

Calendário de junho

Final do NISData de pagamento
116 / 06
217 / 06
318 / 06
420 / 06
523 / 06
624 / 06
725 / 06
826 / 06
927 / 06
030 / 06
Fonte: Caixa Econômica Federal / MDS.

No Rio Grande do Sul, todos os pagamentos de junho foram liberados de uma só vez nesta quarta-feira (18), medida que beneficia 613 mil famílias e inclui também a unificação do Auxílio Gás ao depósito.

Segundo o ministro Wellington Dias, “as mudanças focam recursos em quem realmente precisa, mas preservam a possibilidade de retorno caso a renda volte a cair”, já que famílias desligadas podem ser reinseridas caso cumpram novamente o critério de renda.

Organizações da sociedade civil que monitoram transferências de renda, entretanto, alertam que o novo prazo de proteção — hoje equivalente a apenas um ano de benefício parcial — pode pressionar famílias que ingressam no mercado formal em empregos de baixa remuneração e ainda não possuem estabilidade de renda.

O MDS informou que os desligamentos serão graduais, acompanhados por checagem de dados do Cadastro Único e cruzamento de informações salariais; a primeira leva de cortes deve aparecer já na folha de julho.

Especialistas em política social destacam que, se por um lado o ajuste ajuda a equilibrar contas, por outro exige reforço na política de qualificação profissional, para evitar retorno rápido das mesmas famílias à extrema pobreza.

Próximos passos — O governo promete publicar, até o fim do mês, uma portaria detalhando critérios de monitoramento e reingresso de beneficiários, além de abrir nova rodada de inscrições para famílias em situação de vulnerabilidade que ainda aguardam na fila do programa.

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